O Anonymous está em pé de guerra. Desta vez, contudo, a batalha deve acontecer entre a divisão australiana e indonésia do grupo. Em um vídeo publicado neste final de semana no YouTube, os australianos deixaram o recado: ou os indonésios cessam ataques a sites civis da Austrália ou haverá uma cyberguerra. "E vocês não querem isso, querem?" Tudo começou depois que mais uma leva de documentos vazados pelo ex-CIA Edward Snowden revelou que autoridades australianas estariam ligadas à rede americana de espionagem global e que teve a Indonésia como um dos seus alvos. O país, que é o maior arquipélago do mundo, é também um dos maiores parceiros comerciais da Austrália. Como resultado, o embaixador australiano no país foi chamado a prestar esclarecimentos e o braço do Anonymous na Indonésia se enfureceu. Hackers que alegam fazer parte do grupo passaram então a atacar sites de empresas da Austrália. Entre eles, informou a BBC, estava uma lavanderia e uma firma de aluguel de castelinhos infláveis. "Parem de espionar a Indonésia", dizia a mensagem deixada nestes sites. O Anonymous Australia, por sua vez, irritou-se. Em vídeo, o grupo lembrou que "estes sites não são afiliados ao governo australiano e devem ser deixados em paz". No final, há ainda lista de sites ligados às autoridades do país e que podem ser alvo de ataques dos colegas indonésios. Polêmica Uma das características mais marcantes do Anonymous é o fato de não haver uma organização centralizadora de decisões ou estratégias do grupo. E tal fato pode ser o responsável pela criação de ruídos entre os membros do Anonymous mundo afora.
Segundo o site Tech in Asia, um departamento do grupo indonésio, e que em tese seria o responsável pelos ataques, parece ter solicitado que não fossem feitos ataques a sites que não tivessem relação com o governo da Austrália. O que significa que as ações das últimas semanas poderiam ser fruto de movimentos individuais.
Veja o vídeo de alerta do Anonymous Australia, em inglês e com legendas também em inglês, logo abaixo.
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